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Arquitetos: Paulo Mendes da Rocha
- Área: 80326 m²
- Ano: 2012
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Fotografias:Denise Maher
A Praça dos Museus da USP se localiza no terreno de 80.326 m² no Campus Cidade Universitária da Universidade de São Paulo (USP).
A primeira decisão para se implantar a "Praça dos Museus da USP" data de 2002 e foi retomada em 2010 para construir o conjunto dos museus composto pelo Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), pelo Museu de Zoologia (MZO), pelo Edifício Expositivo (EEX) e pelo edifício para uso por outras atividades culturais (EAC).
O projeto arquitetônico do complexo “Praça dos Museus da USP” foi confiado ao arquiteto Paulo Mendes da Rocha, tendo como desafios implantar os edifícios neste terreno de grandes dimensões, com topografia acidentada com encostas íngremes, nascente de água e maciços arbóreos. Soma-se a estas constatações a condição de independência funcional de cada museu e a composição íntegra do conjunto edificado.
O objetivo deste empreendimento é fortalecer os vínculos da Universidade de São Paulo com a sociedade, ao gerar uma oportunidade de extroversão de sua produção acadêmica e cultural em um espaço aberto à cidade, contando com grande poder de atração de público.
O partido do projeto é orientado por um eixo de articulação e pelos volumes de geometria rigorosa. O eixo de articulação é uma galeria de exposição, elevada do solo, que integra os ambientes de exposição propiciando uma grande variedade de concepções museográficas, além de conciliar os acessos aos locais reservados para os trabalhos de pesquisa e acadêmicos.
O edifício do MAE é a primeira construção que está em andamento e a USP programada a construção dos demais edifícios do conjunto a partir do 2º semestre de 2013.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA E ETNOLOGIA (MAE) e MUSEU DE ZOOLOGIA (MZO)
Os edifícios dos dois museus são duas torres de plantas quadradas com 45,30m de lado e altura de 34,80m a partir do nível da praça e estão implantados em lados opostos em relação ao eixo longitudinal da “rua aérea”.
Ainda que estes edifícios tenham volumes idênticos, as áreas dos pavimentos são diferentes de acordo com a função e os programas de necessidades de cada um deles. Estes dois museus agregam ao valor museológico de seus consideráveis acervos, o desenvolvimento de atividades didáticas e de pesquisa.
O dimensionamento de cada edifício leva em conta um horizonte de crescimento das coleções e incorpora nas suas instalações os diversos requisitos de conservação e armazenamento - condições favoráveis aos controles de umidade, iluminação e temperatura necessários. A capacidade das reservas técnicas e dos laboratórios é ampliada pela montagem de estrutura metálica para piso intermediário entre os pisos das lajes protendidas. Circundado as reservas técnicas localizam-se as salas dos pesquisadores, salas técnicas e laboratórios, bem como os ambientes destinados ao abrigo da infraestrutura necessária ao funcionamento dos museus, como prumadas, casas de máquinas, sanitários e as torres internas de escadas e elevadores.
EDIFÍCIO EXPOSITIVO (EEX)
O edifício de exposições é um edifício de planta circular com diâmetro interno de 58m e , altura de 34,80m a partir do nível da praça. Sua destinação é abrigar exposições e relacionar as funções didáticas e de docência ao sistema expositivo.
Os pavimentos expositivos estão projetados em lajes sobrepostas com formas variadas e configuraram ambientes de alturas que variam de 3,5 a 11 metros, para a exposição de objetos de grande porte ou a montagem de elementos suspensos e iluminados naturalmente por meio das aberturas na cobertura .
A estrutura do EEX segue o mesmo princípio estrutural dos museus, com paredes periféricas estruturais em concreto aparente e um núcleo de volumetria cilíndrica e concêntrico. A cobertura deste prédio, acessível ao público em geral, é um espaço para exposição a céu aberto e mirante, enquadrando a paisagem da cidade.
No térreo estão projetados dois auditórios, cada um com capacidade para 147 lugares.
EDIFÍCIO PARA ATIVIDADES CULTURAIS (EAC)
Complementando o conjunto e igualmente articulado aos demais edifícios pela "rua aérea", o EAC, é projetado como espaço multifuncional para o desenvolvimento de atividades culturais diversas - auditório temporário, exposições temáticas ou outros eventos de natureza científica das outras instituições de ensino da Universidade de São Paulo.
A cobertura em arco de concreto armado executado em sistema steel-deck abriga todos os espaços para as atividades culturais e o conjunto de rampas de acesso entre a área externa (praça e estacionamento) e a "rua aérea".
PRAÇA DOS MUSEUS
A Praça dos Museus é o elemento integrador no nível de acesso pela rotatória da Av. Intersetorial e se constitui das áreas comuns aos demais edifícios do complexo - praça, rua aérea, torre dos reservatórios de água, praça de acesso e estacionamentos.
No subsolo abriga as subestações dos museus e do edifício expositivo, bem como área de suporte operacional ao conjunto.
O nível térreo da Praça é uma esplanada de interação do Complexo com o campus da Cidade Universitária, e como lugar de encontro e de convivência, por excelência, integra todos os edifícios.
A "rua aérea", com característica de pavilhão linear, tem largura de 14m e comprimento total de 242m; é acessível por rampas como extensão natural das praças de acesso e também pela torre de elevadores. Nas extremidades estão localizados os estacionamentos de veículos, de ônibus e bicicletário.
A "rua aérea", a ser construída em 2 partes por razões estruturais, é apoiada em 2 grandes vigas protendidas em concreto armado sobre 6 pilares cilindricos. Uma sequencia de estruturas metálicas sustentam o pavimento suspenso.
Toda a "rua aérea" é coberta por sistemas metálicos leves e com tratamento para atenuação térmica e acústica e lateralmente é fechada por sistemas de esquadrias e vidros transparentes composto com painéis opacos de metálicos. Neste pavilhão estão projetados os elementos de apoio ao acolhimento dos usuários dos museus, com mobiliário específico e conjuntos de sanitários; nas duas extremidades estão previstos pontos de infraestrutura hidráulica e elétrica para instalação de restaurante e loja.
A "rua aérea", como já citado, é protagonista como eixo de acesso e circulação entre todo o Complexo e dele com o campus e com a cidade de São Paulo.
